BEM-VINDOS

Obrigado pela sua chegada; não se esqueça que é de AMOR AGAPIANO* que essencialmento poeto, também erótico quando a propósito de algumas circunstâncias episódicas nas mais diversas proporções. Como estou avança(n)do no tempo, não se escandalize, porque o que é preciso erradicar do Mundo é o preconceito secular, topo onde está preponderantemente a regressão da Humanidade neste percurso da condição humana, nem sempre adequada ao futurecer* do Homem, albergado corporalmente neste Planeta, sem saber com precisão, na generalidade, onde está a sua/nossa Alma. [ Obs. os astericos* assinalam dois neologismos da nossa Língua ].

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quinta-feira, 14 de maio de 2009

Lamento - Daniel Cristal


De vez em quando ponho os olhos no horizonte
E fico imenso tempo absorvido e vazio...
Ponho tudo em questão! Admiro o mar e o rio
E o firmamento oblongo desenhado ponte.

Tudo seria possível... Poderia
Existir uma raça humana diferente;
Poderia existir um sonho com a gente
Que esculpi lentamente numa pedraria.

É então que eu afirmo: sou um negligente
Rude desobediente primata, convicto
De que sou a utopia do mundo e seu mito...

E fico imenso tempo absorvido e vazio
A olhar o mar e o rio e esse firmamento
que firma qualquer deus com quem eu me lamento.

1 comentário:

Efigênia Coutinho ( Mallemont ) disse...

Lamento - Daniel Cristal
BRAVO!!!

Felizes estes olhos que buscam o horizonte, uma travessia em céu aberto, descoberto, onde a alma se eleva ao encontro do sublime, longe da agitação aqui na terra.
A intimidade é disparada para longe, as emoções são levadas acima, atravessando o grande mar.
Ficamos livres neste horizonte, até os pensamentos, ou pelo menos de organizar-los, são despedidas como toras de madeiras que flutuam, vazias como as conchas do mar, prontas para sermos novamente preenchidas pelo mar , pelo céu,pelo vento, uma longa tarde absorvida pelo mundo interior ao horizonte dos nossos olhos.


Estou de volta, porém, ainda sem tempo para me dedicar a arte poética,
Efigênia Coutinho