BEM-VINDOS

Obrigado pela sua chegada; não se esqueça que é de AMOR AGAPIANO* que essencialmento poeto, também erótico quando a propósito de algumas circunstâncias episódicas nas mais diversas proporções. Como estou avança(n)do no tempo, não se escandalize, porque o que é preciso erradicar do Mundo é o preconceito secular, topo onde está preponderantemente a regressão da Humanidade neste percurso da condição humana, nem sempre adequada ao futurecer* do Homem, albergado corporalmente neste Planeta, sem saber com precisão, na generalidade, onde está a sua/nossa Alma. [ Obs. os astericos* assinalam dois neologismos da nossa Língua ].

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quarta-feira, 27 de maio de 2009

Os meus mestres! - Daniel Cristal


Que carpinteiro exímio era esse homem são! 
Que perfeição saía da sua mão! 
Oh, meu tio, querido em toda a região, 
Que belo som saía do seu acordeão! 

Era um acordeão feito pela sua mão 
- Pois era carpinteiro dos perfeitos - 
E as notas que tocava com paixão 
Colhia a magia dos bem feitos... 

Que saudade me inspira o carpinteiro! 
Com que confiança encheu este meu peito, 
Que alquimia me deu nesse madeiro, 
Que minha mão está presa à dele pelo jeito! 

Presa sim, assim como à do ferreiro 
De Pintim, torreão escondido 
Num vale ribeirinho, faceiro, e obreiro 
De lendas que me ficaram no ouvido.

O ferreiro era o meu avô Caetano 
Que na bigorna fazia coisas espantosas 
- Torcia e retorcia o ferro como arcano 
E tinha a fama das pessoas milagrosas! 

Da sua mão saíram foices e gadanhas, 
Âncoras, quilhas, navalhas e espadas, 
E quando as recebia gastas das façanhas, 
Decorava nelas estórias sempre amadas. 

E versejava alegre ilustres feitos 
Cantava cantigas belas, deslumbrantes! 
E o meu tio como mestre dos perfeitos 
No harmónio as tangia radiantes! 

Que sorte a minha - ter avô e tio 
Como mestres de eleição de toda a lida! 
E assim e aqui vou versando em corrupio 
Seus feitos e glórias nesta vida...

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