Perante o infinito sou um cisco
Minúscula partícula da bruma
Que o mar expande em ténue sarrabisco
No acrónico ciclo da espuma.
Sou cisco imanente numa chama
Crepitando na Essência do Universo,
E por isso reduzo toda a trama
A um soneto final na alma imerso.
Amálgama é pra sempre o que foi cisco
Onde me sentia deus... Só ilusão,
Porque a ambição é mera pretensão!
Queria cumprir missão de alto risco,
Convicto, sem razão, de ser profeta,
Pois foi o Deus do Amor quem me fez poeta!
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