Quando aflito, alvitro um delito, e grito,
e grito porque há um atrito contradito,
e, quando desdito também requisito
um novo mito num dito subscrito.
Um grito é como um chuto no escuro,
é mandar um puto encobrir-se num muro,
e rir-se do cu duro, ui, vai ficar com mais um furo!
Já nada auguro nem te juro que te curo...
Só grito quando curo um fito impuro
ou um esquisito apuro onde entrou Epicuro,
e, por isso, edito o que auguro no requisito;
O grito é como um enxurro dum pito com furo
ou do manguito que perfuro com a dor do inaudito,
porque pito não aturo, ainda que seja bonito.
1 comentário:
Olá amigo! Passei para desejar-te um ótimo final de semana, como também, dizer-te que adorei o poema.
Aguardo tua visita. Será um prazer.
Abraços,
Furtado.
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