BEM-VINDOS

Obrigado pela sua chegada; não se esqueça que é de AMOR AGAPIANO* que essencialmento poeto, também erótico quando a propósito de algumas circunstâncias episódicas nas mais diversas proporções. Como estou avança(n)do no tempo, não se escandalize, porque o que é preciso erradicar do Mundo é o preconceito secular, topo onde está preponderantemente a regressão da Humanidade neste percurso da condição humana, nem sempre adequada ao futurecer* do Homem, albergado corporalmente neste Planeta, sem saber com precisão, na generalidade, onde está a sua/nossa Alma. [ Obs. os astericos* assinalam dois neologismos da nossa Língua ].

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quarta-feira, 30 de junho de 2010

PREFÁCIO de Victor Jerónimo - (para e-book de Armando Figueiredo)


Conheci este grande senhor em uma esquina da net, quando eu ainda deambulava perdido pelas capelinhas da poesia.
Vi-o de longe e analisei-lhe o perfil e logo de seguida embrenhei-me nas sua letras. Habituado a ler os grandes mestres da literatura por gosto e também por força da profissão logo ali o seu escrever chamou-me a atenção. Fui então a essa ferramenta fantástica que se chama "Google" e escrevi, "Armando Figueiredo".
A partir daí comecei a minha pesquisa e fui-me inteirando que este grande poeta, escritor, cronista, critico, professor e muito mais, escrevia sublimemente e ainda mais tocava-me a alma.
Soube que ele tinha uma comunidade "O Fórum dos Mestres Aprendizes" e então ganhei a coragem necessária para escrever a este grande senhor, pedindo-lhe o meu ingresso nesta sua comunidade.
Fiquei maravilhado com a qualidade poética dos autores inscritos nesta comunidade. Quando no Natal de 2003 o Armando Figueiredo publicou um poema com o titulo "A Arvore de Natal" li e reli o poema e atrevi-me a responder em dueto a este grande Mestre da poesia. Pensava eu humildemente que iria ser criticado, mas não, o elogio que recebi guardo-o até hoje com muito carinho e AMOR.
O tempo passou, muita água correu debaixo das pontes e muita chuva engrossou os rios, mas esta amizade e a inspiração que este Homem-Poeta me proporciona tem-me levado a continuar na senda do melhoramento.
Quando recebi o convite do Armando Figueiredo para prefaciar este e-book fiquei estupefacto. Como poderia prefaciar um grande Mestre, eu, um humilde homem que de vez em quando escreve algumas letras? Mas aceitei o desafio e esta tarefa soberba na esperança de não ser muito criticado.
Armando Figueiredo, Daniel Cristal, Eugenio de S. Vicente, ortónimo e heterónimos, cada um com seu estilo mas que nos conduzem a grandes momentos literários.
"Se alguém deixar a mão aberta ao vento,
todo o movimento se lhe agarra
a bordar qualquer tela sem amarra"
in O Liberal (Daniel Cristal)
O Daniel Cristal é o heterónimo mais conhecido e que muitas vezes nos faz esquecer o seu ortónimo, levando muitos leitores a confundirem o homem dividindo-o em dois autores distintos. Quando converso sobre o Armando Figueiredo alguns leitores são peremptórios em afirmarem que não o conhecem mas quando falo no Daniel Cristal dizem conhecer muito bem este poeta e os que conhecem os dois nomes mostram admiração e até duvida de ser o mesmo poeta.
Recordo-me que foi com Daniel Cristal que li pela primeira vez a palavra futurecer palavra esta que um dia irá figurar nos dicionários. Futurecer deu que falar quer em criticas quer em admiração e deu origem a nove poemas escritos pelo Daniel Cristal e um grande numero de respostas em duetos ao autor em torno deste futurecer, mostrando assim o quão versátil é a língua portuguesa e como uma palavra pode entrar na gíria do povo.
"Hoje é o dia da Estrela nunca finda,
Nascida da Alegria duma festa;
Dia de Futurecer a nova Gesta"
in Dia do Futurecer (Daniel Cristal)
Não sei se a memória me falha mas creio ter conhecido o Eugenio de São Vicente, primeiro que o Armando Figueiredo e isto nos finais de 2002 ou princípios de 2003 em um poema, creio que tinha o titulo Tempo de Guerra.
Só muito mais tarde vim a descobrir que o Eugenio e o Armando eram a mesma pessoa. Recordo igualmente ter lido algo sobre o Eugenio e Olivença.
E creio que foi com o Eugenio de São Vicente que nasceu o futurecer
"«Dizemos amanhecer quando a aurora acontece...
Nunca dissemos a palavra futurecer!
Amanhecer é o signo que nunca envelhece,
Futurecer é o novo, que nos fará crescer!»
Eugénio de S. Vicente"
in É Possível Futurecer
No Armando Figueiredo, cronista, contista, critico encontramos ao longo de toda a sua vida grandes temas que ainda hoje são actuais e onde nos deparamos com verdadeiras obras de arte em letras esculpidas por este grande Mestre.
O e-book que agora se apresenta com quarenta poemas de amor, vem mostrar uma faceta há muito conhecida neste grande poeta mas em que só poucos acreditam. O amor fraternal, o amor de amigo, o amor de amante, quantos e variados temas para definir e mostrar-nos através da poesia o amor, amor prolongamento da amizade, amor sublime só sentido por alguns.
"O Amor é mais forte que a Amizade!
Feliz daquele Amigo que mais ama...
Dúvidas eu não tenho desta verdade
Por ter AmorAmigo como chama."
in AmigaAmor (Daniel Cristal)

Somos todos etnónimos vivendo em algum canto do mundo mas onde a internet nos chega debitando os seus bites de letras.
O leitor que tiver a felicidade de ler este e-book vai estar perante um dos Grandes Mestres do nosso tempo.
Ao Mestre, fica aqui o meu obrigado com AMOR por ter-me oferecido a rara felicidade de prefaciar este e-book.
Bem-haja Mestre Armando Figueiredo


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sexta-feira, 25 de junho de 2010

A JOSÉ SARAMAGO (singela homenagem) - Daniel Cristal


A eternidade está em todo o mundo
servo ou livre ou preso do teu corpo
esta vida vivida ao segundo
é capaz de arribar ao melhor porto.

Se não acreditaste, há paciência,
mas tens à tua espera um coro de anjos.
Não crer na fé e acreditar na ciência
só precisa de alguns poucos arranjos...

Em vez de viver o ano, vive a sorte
de tornar o segundo sempre eterno,
expandindo-o até ao fim - morre de amor...

Porque só isso importa em qualquer morte
ter sempre a porta aberta ao amor certo
- o amor vivido perto do esplendor.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Quadra de Manuel Mentarfa (poeta vareiro)


FURADOURO - OVAR
-
Terra da minha afeição
Do meu brincar de menino,
Vives no meu coração
A rir do meu próprio destino.
-
Quadra de Manuel Mentarfa
(poeta vareiro)
-
Glosada por Daniel Cristal
-
Não é só do Furadouro
mas também da sua ria
que a terra d' alegria
desenha com cor de ouro
signo emerso imorredouro...
Nunca traz a frustração
e conforta o coração,
esta praia conhecida:
Furadouro, cheia de vida
praia da minha afeição.
-
Mas além do Furadouro
gosto imenso dessa ria,
nosso espanto e alegria
que já acolheu o louro,
também o vencido mouro;
circundada pelos montes,
encostas com muitas fontes,
tem fértil planície aberta,
a eira ideal e certa
do meu brincar de menino.
-
O seu Museu e a Igreja
são seus belos monumentos,
mas há outros acrescentos,
esculturas de quem seja
símbolo do que almeja...
A faina é a emoção
amor de varina e pão,
ensejo de arte nativa
- o Entrudo que cativa...
Vives no meu coração.
-
O rio Cáster serpenteia
na nossa cidade alegre
e com a ria se agrega;
Tanto banha quão bronzeia
quem se diverte n' areia...
Em cima dum gordo suíno
No Carnaval faço o pino!
E ainda qu' aí troque o passo,
posso até ser um palhaço
A rir do próprio destino!