BEM-VINDOS

Obrigado pela sua chegada; não se esqueça que é de AMOR AGAPIANO* que essencialmento poeto, também erótico quando a propósito de algumas circunstâncias episódicas nas mais diversas proporções. Como estou avança(n)do no tempo, não se escandalize, porque o que é preciso erradicar do Mundo é o preconceito secular, topo onde está preponderantemente a regressão da Humanidade neste percurso da condição humana, nem sempre adequada ao futurecer* do Homem, albergado corporalmente neste Planeta, sem saber com precisão, na generalidade, onde está a sua/nossa Alma. [ Obs. os astericos* assinalam dois neologismos da nossa Língua ].

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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

"LUDUS - ARS EVOLUTUM "


(Apresentação de Daniel Cristal)

Daniel Cristal é um dos heterónimos de Armando Figueiredo (ortónimo), sendo o mais conhecido, e vai ser quem permanecerá entre nós. Os outros: Eugénio de São Vicente e José Vicente Portugal são
protagonistas dum percurso errático, imaginativo, criativo, não de Armando Figueiredo, mas de Daniel Cristal, que não são o mesmo. São ramos do mesmo tronco ou duas radículas do mesmo embrião. Ainda não
havia revelado, até ao momento, esta última anunciação e a existência do terceiro heterónimo. Já tinha falado de Eugénio e o seu modo de ser e de estar (o seu estoicismo angelical), mas José Vicente nasce ( e
ainda é jovem, quase adulto), como gérmen repartido e uno, da terra onde se amalgama no labor diário da agricultura (é lavrador, agricultor, labrego como dizem os galegos). Enquanto Eugénio tem um pé distendido na galáxia, José tem-no enterrado até ao centro da terra, descortinando mistérios em cada minério. É como se o arcanjo celestial se revertesse em agricultor rude e rústico numa atracção polar oposta.

Não há necessidade nenhuma de desenvolver ou explanar nenhum dos opostos unificados, isto é, amalgamados. Têm vida própria como tem a Terra com dois pólos opostos, mas integrantes do seu todo. E assim permanecerão. Nem um nem outro necessitam de mais evidência. São evidentes como tudo o que existe no corpo do Universo, basta olhá-lo, observá-lo como olhos a perscrutar a sua sinalética: a terra com as essências das vidas humana, animal, vegetal, mineral, e o firmamento com os enigmas a serem desvendados. Uma e outro carregados de sinais, que só as almas sensíveis e superiores vão desvendando, e deles vão dando testemunho pela sua obra. E também é aqui que se reforça ou revigora a existência, seja: a consistência de Daniel Cristal, quem domina o seu espaço balouçando entre um e outro, discípulo dos dois,
procurando aproximá-los sempre que haja necessidade disso e sempre que seja possível. Deixando-os também separados para a distinção que alguma vez se possa impor por necessidades de qualquer imperiosa
decorrência dialéctica.

Armando Figueiredo ficará sempre de fora, o prosador, o cronista, difusor da estesia, no apoio a Daniel Cristal. Eugénio ficará com a parte que lhe cabe e a sua obra maior: «FUTURECER»
http://www.avspe.eti.br/poetas/futurecer/index.html, e José com a sua
AGROPOESIA .

Acabaram assim as experiências heteronímicas. Uma só contará para ser destacada, DANIEL CRISTAL, amalgamando os dois outros - como discípulo de ambos e ao individualizá-los, reverte-se aprendiz deles como num jogo de espelhos paralelos, onde é mestre de si-próprio na reflexão simultânea e ambivalente. Frente e traseira incorporando um só corpo. Já repararam bem no que acontece na sequência vivencial à gema e à clara do ovo? Certo, transformam-se numa nova ave; a ave renovada, a perpetuação da espécie. E a vida não é mais do que isso... A sua renovação contínua em espécies, elementos de integração e categorias.

Alguns não gostarão certamente destas minhas elucubrações lúdicas, explicações claras e evidentes, aprofundadas, às vezes é muito bem capaz de ter de vir à superfície para respirar e continuar depois a mergulhar num mar bem fundo. Outros, possivelmente, até se divertirão com a minha dimensão plural, assim como acontece comigo... Verdade, divirto-me neste jogo «ludus» que mexe com muitas peças inusitadas, baralho-as, e volto a reconstituir o puzzle, ou então movimento-as com a finalidade de nunca existir o seu fim, porque uma vez acabado, dá-se início ao recomeço na perpetuação do enigma - estamos fadados para tal e havemos de recomeçar tudo de novo quantas vezes for preciso, simples e naturalmente para que se cumpra o desígnio da vida eterna; na forma evolutiva «evolutum» da senda da perfeição - não é previsível que o homem viva neste planeta para sempre, «ad aeternum»... o espaço é motivo de descoberta de maneira a que a vida divina e humana não tenha mais fim. Vida, sim, eterna. Noutros planetas, em forma mais aperfeiçoada.