BEM-VINDOS

Obrigado pela sua chegada; não se esqueça que é de AMOR AGAPIANO* que essencialmento poeto, também erótico quando a propósito de algumas circunstâncias episódicas nas mais diversas proporções. Como estou avança(n)do no tempo, não se escandalize, porque o que é preciso erradicar do Mundo é o preconceito secular, topo onde está preponderantemente a regressão da Humanidade neste percurso da condição humana, nem sempre adequada ao futurecer* do Homem, albergado corporalmente neste Planeta, sem saber com precisão, na generalidade, onde está a sua/nossa Alma. [ Obs. os astericos* assinalam dois neologismos da nossa Língua ].

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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

De Trem Até Belém



Também sim vou nesse trem
vamos assim até Belém
feliz de mim de ti também
Feliz o trem tange tlim-tlim
vamos tão bem até ao fim
convido alguém e a ti também
Tange tlimtlim apita o trem
vem o menino e sua mãe
vamos enfim até Belém
Lindo trem tange tlim-tlim
E diz amém ao benjamim
É pra Belém até ao fim
Ri o menino e ri o trem
vai na bolina como ninguém
tange tlim-tim até Belém
A mãe ri e eu também
o benjamim sorri até Belém
ri o trem e eu também

Ri o menino e diz tlim-tlim
e lá no fim sai esse alguém
e sai a mãe e eu também.



quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

LABIRINTO INSTANTÂNEO


Solitário caminhante, agapianamente acompanhado pelo envolvimento da plenitude universal, respiro fundo a maresia cheio de iodo. Estendes-me o tapete tecido de prata, um manto de linho que ainda freme a roca do tear, e eu te saúdo ó mar! Como está abençoado o dia! Beija-me os pés no convite ao êxtase e na resposta ao teu apelo. Em ti me alongo, nado de felicidade. com a sensação do risco de ser levado pela forte corrente. Queres-me levar contigo? Para onde, não sei! Para o sargaço? Para o rochedo escorregadio? Ou para Finisterra? Para o fim da Terra como se fosse o fim do mundo... Hei-de ir, mas não agora! Vivo no planeta do lóbulo direito do meu cérebro. Sendo feliz porque nele vivo e existo. Imploro que não faças outro apelo com o teu murmúrio. O movimento que vivencio é o do lago que me espelha. Onda perdida, o vento quieta-se na montanha e no seu arvoredo. Há cisnes que não vejo, mas visualizo na imagem do silêncio... É a felicidade retida no assombro que não mais sai dele pra que a inquietação não mais regresse. Um dia futuro rirás de mim e eu de ti lado a lado, cumprindo-se o ritual: de ti vim e a mim regressarás. Aliás, e também o inverso, o verso e o anverso, na eternidade levar-nos-ás a lugar nenhum.

Daniel Cristal