BEM-VINDOS

Obrigado pela sua chegada; não se esqueça que é de AMOR AGAPIANO* que essencialmento poeto, também erótico quando a propósito de algumas circunstâncias episódicas nas mais diversas proporções. Como estou avança(n)do no tempo, não se escandalize, porque o que é preciso erradicar do Mundo é o preconceito secular, topo onde está preponderantemente a regressão da Humanidade neste percurso da condição humana, nem sempre adequada ao futurecer* do Homem, albergado corporalmente neste Planeta, sem saber com precisão, na generalidade, onde está a sua/nossa Alma. [ Obs. os astericos* assinalam dois neologismos da nossa Língua ].

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segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Canção do Mar - Daniel Cristal


Capitão almirante bravo
sem enjoo antigamente
no tubo sarfando em frente
sal agora em todo o lado
 
Tudo encolheu nesta terra
da afamada aventura,
minguou chão e altura,
mar é tubo onde ele erra
 
Ah, poeta d' antanho presente
minguou nosso horizonte
- o que foi mar agora é fonte
poesia e a voz da gente!
 
Tubo curvo como a água
curvo saído cristal
terra agreste ao lado sal
um não sei quê duma mágoa
 
Ah, vate velho sina boa
navegante do mar sonhado...
ó, epopeia que deu brado
vento à bolina que voa!
 
Pra onde vamos neste mar
Onde navegamos capitão?
Deixa a mágoa coração
procura outro linguajar!
 
Que da língua não se perca
esse império longínquo
sonha um prenúncio e um vinco
ao sarfar o mar que cerca
 
Vamos no redondo da onda
projectados ao mar do longe
cara de santo ou de monge
e é esta ambição que sonda
 
Teremos um novo destino
capitães do mar do longe
esta língua que se esconde
numa igreja com sino.

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