Quando morre um poeta, o planeta
sofre o abalo da lava encarnada;
uma voz é calada e o alfabeto
fica sem uma letra precisada.
Quando morre um poeta, não é só
o arcano que morre, é também
uma estrela que cai ficando pó,
a chorar como um filho por sua mãe.
Quando um poeta morre, há uma gota
que vem do mar, salgada com o sal
de sangue muito rubro, a linha rota
da colcha que foi bela sem igual.
Quando morre um poeta, o meu olhar
afunda-se na água desse mar.
3 comentários:
Olá Daniel.
Gostaria que passasse la no meu blogger tem uma surpresa para você, espero que goste.
Abraços:Eduardo Poisl
Muito obrigado, caro amigo Eduardo Poisl pela psotagem da minha poesia.
Não esperava tanta generosidade, mas constato que conhece muito bem a palavra solidariedade!
Muito me honra a sua selecção, e me prestigia a sua companhia.
Um abraço
até sempre com amor,
Daniel Cristal
Belo poema!
Um poeta não morre!
Simplesmente adormece no seu pensar...
gostava que visse o meu blogue...
tem lá um poema " Os poetas não morrem "
Passe por lá...
O eterno abraço…
-MANZAS-
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