Folha caída, levada na aragem,
vai, sem perder o rumo, desenvolta!
Vai, barco de noz, faz essa viagem
até ao meu amor; quem vai não volta!
Vai, folha leve, barco de papel,
Não pares no caminho, saúda o vento,
mostra-lhe o carinho, todo o mel,
e pede-lhe no tormento, mais alento...
Vai, asa mensageira, e pousa na mão
do amor que aguarda, dá-lhe o meu recado
do coração gerado por paixão.
E se estiveres exausta, do outro lado,
e não puderes voltar, diz-lhe que um dia
seguirei no teu rumo a estrela-guia.
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