Sem a tua luz meu caminho é incerto...
Outrora, calcorreei mal, tacteei receoso:
O ponteiro indicava chão lodoso
Quando não tinha amor aqui por perto
É certo que houve perdas no lodoso chão:
Alguns amigos certos e alguns amores leais!
Foi rumo conturbado sem ter cais
Até me encontrar com a revelação
Foi de repente na magia dum encontro
Dei por mim face a ti autêntico milagre
Ou sortilégio vindo do céu ou de um conto
Nada mais há que engane este sagrado lacre
Porque me firmo em ti na dúbia encruzilhada
E sem a tua luz eu já não vejo nada!
A obra de Daniel Cristal está registada no IGAC com a referência 1767/DRCAC
(Respeite sempre os Direitos do Autor)
2 comentários:
Daniel Cristal,belo soneto leio, sua poesia, chama atenção para a dimensão primordialmente linguística de toda sua obra de arte literária, refletindo sobre o modo como se caracteriza essa mesma linguagem e sobre a relação que se estabelece entre autor e obra. Rejeitando o preconceito de ser o autor um puro inspirado "exclusivamente um sensível, quer dizer uma pessoa dotada, em alto grau, de permeabilidade aos fenómenos da emoção estética pura", reconheço que a "sensibilidade é o grande factor de inspiração, mas sensibilidade racionável, riça de fios que a inteligência vai urdindo, enliçando a seu modo, compondo".É uma GRANDE alegria estar aqui ao nosso lado, onde podemos desfrutar de sua obra Literária, leio e releio este fenómeno da atualidade Poética de Portugal.
Efigênia Coutinho
Na margem do mundo
além dos meus olhos,
Belo,
Sei que o exílio será sempre
verdejante de esperança,
O rio,
Que não podemos atravessar
corre eternamente.
(Samuel Menashe)
Tenha um lindo final de semana cheio de amor e paz no coração
Abraços: Eduardo Poisl
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