De vez em quando ponho os olhos no horizonte
E fico imenso tempo absorvido e vazio...
Ponho tudo em questão! Admiro o mar e o rio
E o firmamento oblongo desenhado ponte.
Tudo seria possível... Poderia
Existir uma raça humana diferente;
Poderia existir um sonho com a gente
Que esculpi lentamente numa pedraria.
É então que eu afirmo: sou um negligente
Rude desobediente primata, convicto
De que sou a utopia do mundo e seu mito...
E fico imenso tempo absorvido e vazio
A olhar o mar e o rio e esse firmamento
que firma qualquer deus com quem eu me lamento.
1 comentário:
Lamento - Daniel Cristal
BRAVO!!!
Felizes estes olhos que buscam o horizonte, uma travessia em céu aberto, descoberto, onde a alma se eleva ao encontro do sublime, longe da agitação aqui na terra.
A intimidade é disparada para longe, as emoções são levadas acima, atravessando o grande mar.
Ficamos livres neste horizonte, até os pensamentos, ou pelo menos de organizar-los, são despedidas como toras de madeiras que flutuam, vazias como as conchas do mar, prontas para sermos novamente preenchidas pelo mar , pelo céu,pelo vento, uma longa tarde absorvida pelo mundo interior ao horizonte dos nossos olhos.
Estou de volta, porém, ainda sem tempo para me dedicar a arte poética,
Efigênia Coutinho
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