É o local predilecto onde o melro
saúda a aurora na canção sonora
e transforma-se no amor do filadelfo
repartindo-o por esse mundo fora.
No sítio mais frondoso o melro canta
de modo a encher com o seu trino
os vales e as colinas, e agiganta
toda a harmonia alegre que defino.
Defino esse portal, defino o estado,
a atitude perene que jubila
a acção que nos transcende em todo o lado:
A Benquerença, acção que nos burila
e é nesse sítio alto que a poesia
poisa, e enche o coração de alegria.
2 comentários:
Este seu belíssimo Soneto
me inspirou outro Soneto.
Benquerença!
Efigênia Coutinho
Bem hajas, oh Benquerença! Á alegria
Que vem vindo inspirada nesta hora
Saindo de dentro da noite para a aurora
Na face o riso, como um rio em euforia.
Sendo bela essa saudade que não finda
São acenos encantador da minha morada
Cuido que ainda mitiga ainda aflora
São canções mágicas que me devora.
Benquerença, meus ais da tua trama
Por altas marés, um coração que clama
D´esta arte, sonhos que ainda cerceiam.
Que cantem os melros na aurora
Soprando alegria pro lado de fora
Deixando o sonho que sempre aflora.
Balneário Camboriú
Julho 2009
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