É assim! Vou à toa com a feliz aragem
da manhã. Um dia qualquer parto
sem saber se regresso. Estou farto
de sonhar sem ingresso noutra margem.
Parto sem deixar rasto nem odor
sem anúncio barato nem alarde
numa simples jangada ou no garbo
com esplendor das asas dum açor...
Assim é: sem ninguém saber porquê
desfraldo as velas brancas contra o vento
e rumo até ao belo firmamento.
A aragem da manhã que ninguém vê
nesse fresco e feliz momento brando
traz a força da Alma ao meu quebranto.
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