Eu não sou nada, Senhor,
Sou uma pedra perdida
Numa pedreira sombria.
Eu, eu não sou nada, Senhor,
Sou uma estrela ferida
Num horizonte sem dia.
Eu, eu não sou nada, Senhor,
Sou uma ave cativa
Posta aqui por engano.
Que pena tenho dum anjo
Morrendo no infinito
De quem a mãe não tem seio!
Perdoai, Senhor, perdoai,
Mas eu já não creio em nada,
Nem sequer em mim já creio.
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