Nunca dou de barato qualquer acto,
e se a turba não liga ao que digo,
então eu digo: nunca mais eu ligo
ao lixo que, no outro, é um facto.
Se a turba não responde ao que eu exprimo,
que se lixe a orelha gasta e mouca
desta gente caduca que apouca,
e até a do primata que é meu primo.
Se o mal teima em grassar, que nela grasse,
desde que eu não deixe de amar
a pessoa que nos faz diferenciar.
Que nela grasse o ódio e a enlace,
que nunca mais se veja livre dele,
que a mate e esfole, alma e pele.
3 comentários:
Se a Turba - Daniel Cristal :
Nunca dou de barato qualquer acto,
e se a turba não liga ao que digo,
então eu digo: nunca mais eu ligo
ao lixo que, no outro, é um facto.
Mestre Armando Figueiredo, sempre prefiro seu estilo mais lírico, mais quando
o poeta escreve um soneto na forma satírica, eu me rendo de verdade, onde dizes
a verdade, uma multidão desordenada (turba). Infelizmente estamos cercados
de pessoas agindo desta forma, uma pena, pois a poesia deveria unir os verdadeiros poetas,
numa troca fraterna , onde a solidariedade são as maiores companheiras para o sucesso de todos juntos.
Meus cumprimentos ao Mestre,
com admiração,
Efigênia Coutinho
Olá, Daniel. Gostei do seu poema " Se a turba", com exceção do último terceto..." O Som duma Guitarra" está perfeito! Parabéns, grande poeta. Beijos.
Concordo com a amiga Efigênia: você, nobre poeta, se supera quando compõe versos de amor...Continue amando muito, para nos alegrar o coração e alma com seus poemas maravilhosos. Grande beijo.
Sylvia Narriman Barroso
www.passagensemarcas.blogspot.com
www.estacoesdavida.blogspot.com
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