Que rosto lindo eu vi hoje, rugoso,
Tão fascinante qual o duma criança!
Continha o mesmo brilho radioso,
Continha a alegria pura duma dança...
É um brilho de amor por ser-se homem
E pela fé confiada na existência;
É como se o amanhã unisse o dia d' ontem
É como se o amanhã fosse a nossa essência!
Nos rostos deslumbrantes por que passas:
Um duma criança linda renascida,
O outro dum lindo velho com mil rugas,
Reluz futurecida a acção de graças.
Pois, uma ruga é prémio incontestável,
É o colo mais feliz da transcendência!
E é assim que se é criança admirável,
E é assim que finda a vida em sapiência.
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