Ai, amor, quem dera que fosse sempre assim
toda a vida parada à nossa espera!
A alegria do beijo e do abraço
sem fim a primavera no regaço.
Mas, consome o tempo a premência,
a ilusão não alcança a fragrância
e assim nos entretemos dia a dia
na imanência da ânsia que nos fia.
Quem dera que a vida aguardasse
um desfecho feliz para o amor
pois, o que é para dar, dá-se sem fragor.
O que é para dar, dá-se sem a espera
de outra primavera, e quem dera
que amanhã fosse hoje de manhã.
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