Deixai-me pôr outra máscara
repetir o sonho vão
rolar nos enfeites das ruas
com a alegria das crianças
fingindo que o não são
Deixai-me pôr outro traje
em cetim de arlequim
num sonho de perdição
cheio de amor e marfim
evadir-me noutra aventura
no rodopio do samba
noutra visão de ventura
.
Deixai-me ser infinito
no sonho do ser impossível
longe do mundo medonho
e ao acordar voltar
a sonhar
o mesmo sonho
Deixai-me enganar a mentira
e a cilada
acordar e voltar a sonhar
o modo evasivo
de ser estranho
alheio ou esquivo
ao disfarce
do desengano
Sem comentários:
Enviar um comentário