Preciso de outro corpo que sustenha
o brilho da firmeza, tida outrora,
e que guarde esta alma com a senha
duma senda vivida vida fora...
Preciso de emigrar, de transumância,
de nova encarnação num outro corpo,
porque este já não firma a elegância,
e a um fácil desafio cai de borco.
Preciso de dizer um obrigado
a todo o amigo-companheiro,
e despedir-me assim do ser amado...
Irei voltar na forma de um obreiro
que continua a obra inacabada
recordando a senha decorada.
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