Entre o côncavo e o convexo, prefiro o côncavo.
Pra convexo basta o meu sexo pan-ibérico...
E o sexo, o melhor, arredonda a coxa
e soergue o monte de vénus na fava rica.
É tudo meio-sonho, nada fica.
Isto é o que diz o grosso macho latino,
porque, por meu gosto, amo coisas singelas
com favas ou sem elas, ervilhas perfumadas,
rosas belas, prazeres de esperas,
olhos sensíveis, êxtases infindos,
loucas esperanças
e enovelo-me em tranças.
Ah, se fosse há vinte anos atrás
tudo seria fácil e explosivo,
carnal e instintivo, terra abaulada
e a sombra seria tronco numa anta de Pan !
Não tenho o jeito de D. Juan e de gourmet
só um pitéu com framboesa ou morango.
Pois... eu já não te mereço mais,
nem mereço tanta ou tão pouca esperança...
Tens mão de artista, espírito de equipa,
fivelas as linhas com croché de ouro,
e, eu, indeciso poeta na ondulação,
corro na tua direcção, mas cambaleio,
tropeço e caio, rastejo e coxeio,
vou e venho nos calcanhares do meio-sonho,
e risco-o no rateio.
2 comentários:
SHOW!!!! Com um poema tão lindo, penso que você merece ser amado e muito e demais! Melhor amar com qualidade, com o coração, com a alma e o restante é mero artefato...
Grande beijo.
Sylvia Narriman Barroso
www.passagensemarcas.blogspot
www.sylvianarriman.blogspot.com
Ah , como gostaria de ser amada assim .Um amor visceral , saido lá das entranhas ...Profundo , verdadeiro , intenso , mágico e eterno .
Parabéns ! Tirastes suspiros meus ...
É tão bom amar com intensidade ...
Por amor , fiz todas as loucuras e despenquei das nuvens , masnão me arrependo jamais .
Beijos...
Marisol
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