Eu não sou nada, Senhor,
Sou uma pedra perdida
Numa pedreira sombria.
Eu, eu não sou nada, Senhor,
Sou uma estrela ferida
Num horizonte sem dia.
Eu, eu não sou nada, Senhor,
Sou uma ave cativa
Posta aqui por engano.
....Que pena tenho dum anjo
Morrendo no infinito
De quem a mãe não tem seio!
Perdoai, Senhor, perdoai,
Mas eu já não creio em nada,
Nem sequer em mim já creio...
3 comentários:
Mas eu já não creio em nada,
Nem sequer em mim já creio...
MUITO BONITA A SUA POESIA!!!
COM AS MINHAS DESCULPAS....
PRIMEIRO ACREDITO EM MIM.... PARA PODER ACREDITAR EM ALGO!!!
1 BEIJO LÍDIA
Esta poesia foi escrita na primeira fase da minha juventude. Daí a descrença manifestada por insegurança pessoal. Claro, querida Lídia, hoje creio em tudo o que vejo e pressinto e vou descobrindo dia-a-dia, obrigado pelo aceno e voluntarismo na sua simpática observação, muito justa e apropriada. Faz-me também entender que as poesias deviam estar datadas, ao contrário do que acontece aqui nas minhas postagens.
Seja sempre feliz, porque v/c merece,
DC
O 'esclarecimento' está dado!... Todavia, a poesia que se eterniza dispensa datas - é o caso deste lindo, lindo Poema: pela sua imagística, a par de uma candura e musicalidade enternecedoras.
Gostei imenso, Daniel Cristal.
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