Deixa só que enxugue do teu rosto
a lágrima amarga que o desfeia
e deixa-me beijar pelo sol-posto,
os teus olhos na boca que os enleia.
Deixo esta carícia que te afaga,
a minha voz perdida na tua dor,
e abraço-te com força, com amor,
porque é com amor que a dor se paga.
Não sentes esta ardência, ó meu amor,
a inocência delícia da carícia?
Não sentes o calor deste fulgor?
Depois do sol se pôr, no meu rubor,
teus olhos brilharão com outra luz:
Verás estrelas mil no coração.
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