Nunca estou só, amigo, nunca mesmo!
Quando reactivo, fico no casulo,
na crisálida onde me anulo,
e aguardo a mariposa, vinda a esmo.
Ela termina cedo ou mais tarde,
e chega a inspiração ou a utopia
nessa metamorfose da harmonia,
e, num mundo de surdos, faz alarde...
Há por aí a surdez de quem não escuta,
e só se ouve a si - palavra oca!
Extrai-lhe da cabeça a sua boca!
Pois, na passiva sigo a batuta
que me enche do som que me inebria
e até a solidão me extasia.
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