És escrava doce para sempre minha!
És pedinte rica e me dás o mundo,
com acenos trazes a voz que alinha
no mar do gozo, onde me abundo fundo.
Falas à minha alma segredos ledos
e eu fico doido por ti e tento
beijar-te em qualquer jardim. Meus dedos
afagam logo teus seios e baixo ventre...
Reduzo-te à ofegância tecida
da ânsia confundida com amor
e fremes... gemes prazer que me atiça
Ficando prenhe de emoção, escrava
da minha lavra. Eu escravo fico
do usufruto, pleno do teu sorriso...
2 comentários:
Tua Poesia Daniel Cristal
De todas as artes, a mais bela, a mais expressiva, a mais difícil, é sem dúvida a arte da palavra na poesia.
De todas as mais se entretece e se compõe; São as outras como ancilas e ministras: ela soberana e universal,pois fala da alma para alma.
Da estatuária recolhe as formas, da arquitetura imita a regra e a estrutura de suas fábricas; da pintura copia suas cores, e o debuxo de seus quadros; da melodia, aprende a variada sucessão de seus compassos melodiosos, que nos inebria; e sobre todos estes predicados tem mais do que as outras artes - a vida que anima os seus painéis, a forte paixão, que dá novo esplendor as suas tintas, o movimento da alma, que intima os que escutam e admiram, o entusiasmo e a persuasão.
Ficando a Palavra-poesia, nas artes a que é matéria primorosa, fala ao mesmo tempo à fantasia e à razão com emoção nas paixões.
Só ela, Pigmalião prodigioso, esculpe estátuas que vão saindo vivas e animadas da pedra, onde na alma são delineadas e arredondas em seu buril. A poesia de Daniel Cristal é audaz, traça, dispõe, exorta e arremessa aos ares monumentos nobres Futurecidos, sua poesia, encandeia a lira mágica, entre feras humanas ou desumanas, que se chamam homens, à vista da intelectualidade, neste novo Futuro.»
Efigênia Mallemont
Hoje só estou passando para desejar um feliz dia do blogueiro,
com um final de semana cheio de amor e esperança.
Aproveito para deixar um lindo poema de Mário Quintana
Amar: Fechei os olhos para não te ver e a
minha boca para não dizer...
E dos meus olhos fechados
desceram lágrimas que não enxuguei,
e da minha boca fechada
nasceram sussurros e palavras mudas que te dediquei....
O amor é quando a gente mora um no outro.
(Mário Quintana)
Abraços:Eduardo Poisl
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